Apesar das votações ainda pendentes, tudo indica, infelizmente, que até ao final deste ano letivo, o Parlamento não decidirá favoravelmente a contagem de todo o tempo de serviço para os professores e começa-se a esgotar esta via.
O S.TO.P. tudo fará para continuar e até aprofundar esta luta também nos tribunais – tentaremos juntar forças para levar o Estado português, se for preciso, até ao tribunal europeu. Mas sabemos que a “justiça” além de lenta, quando é o Estado que se senta no banco dos réus, nem sempre é cega, como é suposto.
Da nossa parte podem contar que não desistimos de defender os “942“, nem de combater as muitas injustiças que todos devemos – antes de mais – ter consciência, pois ainda que eventualemnte algumas não nos afetem pessoalmente, afetam a nossa classe como um todo:
Ultrapassagens; precariedade nos contratados e AEC, lesados da segurança social; violência/indisciplina nas escolas; excesso de burocracia e alunos por turma; farsa das metas de sucesso; colegas excluídos da CGA; amianto escolar; prepotência das direções, entre outros…
Sempre o dissemos: só se nós, os professores que estamos nas escolas nos unirmos é que conseguiremos vencer!
Esta é uma das mudanças no paradigma sindical que queremos ajudar a nascer!
Mas sabemos que estes e outros ataques que se avizinham (ex: aprofundamento da municipalização) só serão vencidos com lutas fortes e prolongadas (e não com as tradicionais formas de luta). Mas se a maioria dos colegas que temos contactado (via reuniões sindicais e redes sociais) concordam com esta análise, também têm expressado que não tem sustentabilidade greves prolongadas sem qualquer tipo de apoio/fundo. Por isso o S.TO.P. dando seguimento ao que consta nos seus estatutos no artigo 41 (sobre um fundo de apoio a situações de greve), e com o apoio jurídico do Dr. Garcia Pereira, aprovou na sua última Assembleia Geral (Maio):
“Constituição e fortalecimento de um fundo de solidariedade, que será representado por 25% do saldo da conta de cada gerência e destinado a apoiar trabalhadores em greve ou despedidos, ou ainda qualquer outro objetivo de solidariedade, designadamente para com outros trabalhadores em luta ou em situação de necessidade, e de que a Direção disporá depois de, para tal, ser autorizada pela Assembleia Geral.”
No futuro poderemos ter mais este mecanismo de apoio (legal e totalmente apoiado/financiado por quem trabalha nas escolas) para as lutas que se avizinham.
Cabe aos professores que concordem com esta novidade no sindicalismo docente juntarem forças com o único sindicato docente que a aprovou: JUNTOS SOMOS + FORTES!