Cimeira internacional sobre a profissão docente

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HOJE 22 março: Na cimeira internacional sobre a profissão docente (durante o seu grande momento de convívio no magnífico Forte de S. Julião da Barra), enquanto os convidados apreciavam as excelentes condições de acolhimento, há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz NÃO!

Ainda que o S.TO.P. não tenha sido convidado para a Cimeira Internacional sobre a profissão docente organizada pelo Ministério da Educação e uma federação de associações e sindicatos de professores (nacionais e internacionais), marcamos presença!
Esta Cimeira teve provavelmente o seu maior momento de convívio num grande jantar no Forte S.Julião da Barra em Oeiras e se nos deixassem falar diríamos:

– Enquanto durante estes dias podem falar sem receios sobre educação, cada vez mais se sente falta de democracia nas escolas com uma gestão escolar cada vez mais unipessoal/prepotente;

– Enquanto ouvem o relaxante som do mar, a milhares de professor@s roubam tempo de serviço que estes efetivamente trabalharam;

– Enquanto saboreiam o vosso jantar, muitos docentes chegam a pagar para trabalhar porque ao contrário de outros funcionários públicos não recebem nenhum subsídio de alojamento e/ou transporte;

– Enquanto respiram a saudável brisa do mar, milhares de professor@s, funcionários e alunos diariamente inalam ar com amianto (cancerígeno) em muitas escolas de Portugal;

– Enquanto apreciam o nosso país, milhares de professor@s foram afastados das suas famílias por responsabilidade do Ministério da Educação (concurso de 25 de agosto);

– Enquanto admiram as magníficas instalações do Forte de S. Julião da Barra a maioria dos docentes diariamente enfrenta escolas sem condições e/ou com turmas enormes.

Estes problemas são a ponta do iceberg da Escola Pública em Portugal em que cada vez mais os seus profissionais estão desmotivados e exaustos porque se sentem desconsiderados, enganados e roubados por sucessivos Ministérios da Educação. Sem dúvida que o bem estar dos professores deve ser uma prioridade mas claramente não o conseguiremos com estas políticas deseducativas.

Se nos deixassem falar, seria algo como isto que diríamos mas nunca aceitaríamos jantar/conviver com quem tem roubado, lesado e enganado a classe docente.

Foto de S.TO.P.

Foto de S.TO.P.