1. O S.TO.P. designa-se Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (e não de “Todos os Professores” como ainda alguns Media referem);
2. Esta grandiosa luta/greve que tem encerrado de forma crescente centenas de escolas por todo o país, desde 4 de janeiro, é inequivocamente uma greve de TODOS os Profissionais da Educação – PE (e não, como alguns Media insistem em referir e/ou colocar em notícias de que é uma “greve de professores”);
3. Como em qualquer luta/greve que está a incomodar poderosos interesses instalados (governo, municípios e outros), têm surgido intensas campanhas de desinformação/calúnias, numa tentativa desesperada de tentar manchar esta luta inédita que, representando um novo tipo de sindicalismo, é apenas controlada e decidida por quem trabalha nas escolas. Esta luta/greve é de TODOS os PE (pessoal docente e não docente) e todos têm o DIREITO de fazer greve total ou parcial a cada dia (sendo apenas descontado no salário proporcionalmente as horas que fez greve);
4. Aqui ninguém usa ninguém, estamos todos juntos! Como na greve vitoriosa contra o amianto escolar em 2019 dinamizada pelo S.TO.P. e que pela primeira vez juntou TODOS os PE (pessoal docente e não docente), cada escola está a organizar-se democraticamente nomeadamente em torno de objetivos comuns para TODOS os PE (aumento salarial que compense a inflação, avaliação justa e sem quotas, gestão escolar democrática, direito à CGA para todos, etc.). Naturalmente os sindicatos e os PE têm o DIREITO de organizar fundos para apoiar o sucesso desta luta/greve (há quem chame fundos de greve, fundos de luta, fundos solidários, etc). Tudo para LUTAR contra as políticas educativas que têm degradado profundamente a Escola Pública com profundas consequências para os nossos alunos/filhos;
5. É no mínimo curioso, que um Ministro da Educação de um governo que se diz “socialista”, se MULTIPLIQUE em ações para questionar esta luta/greve com crescente adesão de dezenas de milhares de PE mas, até ao momento, não tenha feito NENHUMA ação concreta para:
– acabar com o roubo de tempo de serviço docente (quase 7 anos);
– acabar com o requisito de um colega não docente ter que trabalhar 120 anos para chegar ao topo da carreira (e mesmo assim com um salário muito modesto);
– acabar com o facto de Assistentes Operacionais, após mais de 10, 20, 35 anos de serviço, recebam apenas 709€ líquidos por mês;
– acabar com o facto dos Assistentes Técnicos, que têm um trabalho de grande complexidade, estarem colados ao salário mínimo;
– acabar com rácio de 1 psicólogo escolar por muito mais que 500 alunos (chegando muitas escolas a ter 1 psicólogo para 1 000 alunos);
– acabar com a precariedade dos professores contratados com mais de 5, 10, 15 anos de serviço, e sem qualquer subsídio de alojamento/transporte, mesmo quando trabalham a centenas de km de casa.
Nem nenhuma acção para acabar com muitas outras injustiças que afetam PE, mas, ao mesmo tempo, este governo injetou mais de 20 000 milhões de € para tapar buracos de bancos e continua a manter luxos para boys partidários;
6. Amanhã, 14 de janeiro, às 14h no Marquês do Pombal, se dúvidas ainda houvesse, será demonstrado inequivocamente que esta luta/greve é efetivamente de TODOS os PE com mais de 50 000 Profissionais (docentes e não docentes), pais, alunos TODOS a marchar até ao Terreiro do Paço pela Escola Pública.