Como é público, além das graves injustiças que se arrastam há muitos anos, este ano letivo iniciou-se com uma profunda injustiça: despedimento de pessoal não docente na iminência de entrar para o quadro (com formação e experiência)… Isto no contexto da municipalização.
Apesar dos nossos convites para juntar forças a outros sindicatos/federações/centrais sindicais mais uma vez o S.TO.P. foi o único sindicato em setembro a dinamizar vários protestos nomeadamente em defesa desses colegas (concentrações de norte a sul do país e greve nacional de vários dias que encerrou várias escolas como a comunicação social chegou a noticiar).
CONTINUAR A FAZER O QUE AINDA NÃO TINHA SIDO FEITO
Perante a pressão única do S.TO.P., continuamos na linha da frente na defesa de todos os Profissionais da Educação e esta semana reunimos com o novo executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), possivelmente a autarquia que mais despediu pessoal não docente em finais de agosto passado. O S.TO.P., mais uma vez fazendo o que ainda não tinha sido feito, convidou para ir na sua delegação a essa reunião com CMC a Presidente da Associação de Pais de uma escola muito degradada no centro de Coimbra, além de assistentes operacionais de várias escolas (incluindo uma das despedidas) que encerraram devido à greve do S.TO.P.
Dessa forma, tentamos contrariar o objetivo do “dividir para reinar” dos sucessivos governos que têm atacado quem trabalha nas escolas, tentando tantas vezes colocar os pais e a sociedade contra os Profissionais da Educação, quando na realidade as nossas reivindicações também são benéficas para os alunos . Este nosso contrariar a estratégia do dividir para reinar do governo também aconteceu na greve inédita e vitoriosa contra o AMIANTO ESCOLAR dinamizada pelo S.TO.P. onde tivemos possivelmente pela primeira vez pais de alunos sem aulas devido à greve, a solidarizar-se com as reivindicações que levaram ao encerramento dessas escolas (como chegou a passar na televisão em escolas de Amarante, Coimbra, Leiria e Sintra). Luta essa que fez com que o Governo/Autarquias, definitivamente, implementassem uma estratégia de retirada das Placas de Fibrocimento existentes nas coberturas de centenas de escolas de todo o país, situação que já se protelava ao longo de 8 anos.
BALANÇO DA REUNIÃO
A CMC registou e analisará todas as informações disponibilizadas por nós nomeadamente aquelas que demonstram graves problemas que prejudicam não apenas quem lá trabalha mas também os alunos, como outros particularmente urgentes que podem colocar em risco a saúde/vida de todos – soubemos entretanto que uma destas questões que colocava em risco as crianças (e se arrastava há longos meses) foi resolvida após esta reunião. A CMC comprometeu-se a enviar-nos brevemente um plano de resolução desses problemas com a respetiva calendarização. Posteriormente iremos apresentar esse plano com a respetiva calendarização a toda a comunidade educativa. E, mais uma vez e como sempre, colocaremos o poder de decisão em quem trabalha nas escolas. Independentemente da nossa opinião, quem decidirá quando e se voltam para a luta serão democraticamente os Profissionais da Educação. JUNTOS SOMOS + FORTES!