1) O OE 2019 que vai ser aprovado despreza os direitos dos professores. Lamentavelmente, as “linhas vermelhas” que exigiam o respeito pelo professores e a devolução do tempo de serviço roubado, desapareceram nos discursos da esquerda parlamentar, bem como na decisão de voto favorável a este orçamento a mando das “preocupações” de Bruxelas;
2) Defraudados mais uma vez, a nossa classe tem de retomar um caminho sério de mobilização, retirar as lições do passado recente e aproveitar as oportunidades de voltar a fazer luta mais forte. É esse caminho que temos de construir, todos juntos;
3) Os sindicatos da chamada “Plataforma Sindical” (que agrupa a Fenprof, a FNE e mais 8 sindicatos) convocaram uma greve às reuniões e actividades letivas que não estão contempladas no horário letivo e em tempo de não interrupção letiva. A greve inicia-se na segunda-feira dia 29 de Outubro e pode prolongar-se a todo o ano letivo. Enquadra-se na contestação às provocações e à política deste ministério e governo e, nesse sentido, será mais uma expressão do descontentamento dos professores;
4) Para que a nossa classe possa vencer a luta que iniciámos pela recuperação do tempo de serviço e demais reivindicações (contra as precariedades, reformas dignas, gestão democrática nas escolas, etc.) teremos de construir outras formas de luta mais fortes e eficazes durante este ano lectivo de 2018/2019. Assim, este tipo de greve agora convocada pela “Plataforma sindical” não será impeditivo nem alternativo a outras formas de luta e/ou greve a realizar, logo que existam melhores condições de mobilização da classe;
5) A greve da Função Pública, realizado na sexta-feira dia 26 de Outubro, já mostrou que se pode conseguir melhor eficácia na mobilização, mesmo na atual fase da luta. Os professores precisam de debater e construir um plano de luta que aproveite todas as oportunidades e momentos eficazes para uma ação mais forte, nomeadamente nos momentos decisivos do calendário escolar. É esse o desafio que nos está colocado e temos de o vencer com a maior unidade na classe;
6) Estaremos também, mais uma vez sem qualquer sectarismo, a juntar forças, na concentração/plenário nacional dinamizado pela Plataforma sindical previsto para dia 2 de novembro no Parlamento (quando está prevista a presença do Ministro da Educação). Esperemos que seja um plenário verdadeiramente democrático (onde todos os professores presentes possam usar da palavra e eventualmente apresentar propostas). O S.TO.P. estará presente para mais uma vez exigir a demissão deste ministro e da sua equipa mais próxima: BASTA de ROUBO, MENTIRA, ILEGALIDADE E AUTORITARISMO!