O “frete” de Maria Lurdes Rodrigues (MLR)

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    A ex-ministra (2005-2009) – de MÁ MEMÓRIA para os professores e para o país – reapareceu em defesa da sua FAMÍLIA política, tentando descredibilizar as listas graduadas nacionais de colocação de professores.
    Recorde-se, aliás, que este modelo de colocação e recrutamento sempre foi o mais consensual entre todos os agentes educativos, na medida em que, não sendo perfeito, é o modelo mais justo, transparente e que previne menos ARBITRARIEDADES, naquela que é a mais numerosa classe profissional do país.
    A reitora considera o atual diploma de concursos como “burocrático” e aponta “ineficácia” – aspetos que é INCAPAZ de encontrar no tipo de autonomia defendida – como se a culpa da crescente falta de professores/alunos sem professor e instabilidade na carreira fosse da responsabilidade do atual modelo!
     
    “NÃO SEI E NÃO QUERO SABER”
    Toda a análise PARCIAL revela, desde logo, um desconhecimento, ignorância ou relativização, dos baixos salários, ausência de ajudas de custo para professores deslocados ou altos níveis de precariedade – sobretudo fruto de sucessivas políticas educativas da respetiva família política – que arrastaram a carreira docente para níveis críticos.
    IGNORA também, e como é público, os resultados da “experiência” semelhante que vigorou durante anos (até 2016) – a Bolsa de Contratação de Escola (BCE) -, processo de recrutamento centrado na autonomia das escolas, o qual, não só foi o “erro” que o próprio mentor reconheceu, como se revelou bastante ineficaz e muito obscuro.
    A autonomia das escolas/diretores no modelo de recrutamento, seleção e colocação que defende, se passar para a responsabilidade dos cerca de 800 agrupamentos/escolas não agrupadas, seria menos BUROCRÁTICO?
    Se MLR admite que nem todos os diretores “são exemplares” (e não desconhece certamente os resultados da BCE), como é pode então considerar a mudança como um caminho para a TRANSPARÊNCIA e EFICÁCIA?
    Diga-se de passagem que, inclusivamente, a proposta de mudança no modelo não é consensual no seio dos diretores escolares.
     
    O S.TO.P., na sequência das negociações em curso, reafirma, uma vez mais, a total discordância com o modelo que permitiria a cada direção escolar selecionar parte ou totalidade do corpo docente (do quadro e contratados).
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