Os graves problemas das escolas verificados no início deste ano letivo (muitos dos quais arrastam-se…), para o governo parecem continuar dignos da realidade virtual como se pode constatar pela sua proposta de Orçamento de Estado (O.E.).
Neste O.E. continuamos a ter um investimento na Educação substancialmente inferior a 4% do PIB, o que contrasta com os 6% do PIB recomendado por organizações internacionais para a área da Educação.
O governo desvaloriza totalmente as dezenas de milhar de alunos que em meados de outubro continuam sem ter professor a uma ou mais disciplinas (o que questiona o direito constitucional de igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar), bem como as profundas injustiças que afetam muitos milhares de Profissionais da Educação (docentes e não docentes) nomeadamente um modelo de avaliação injusto e artificial com quotas, precariedade, falta de subsídio de alojamento/transporte e passagem da CGA para a SS, gestão escolar não democrática, envelhecimento, roubo de tempo de serviço e ultrapassagens na progressão da carreira docente, turmas enormes, excesso de trabalho burocrático, despedimento e salários de miséria de pessoal não docente, etc. Ou seja, todos os graves problemas, não justificam qualquer referência, qualquer investimento extra para a área da Educação neste O.E.
É URGENTE A UNIÃO ENTRE QUEM TRABALHA NAS ESCOLAS
Será que os Profissionais de Educação vão permitir esta situação continuando divididos?
Este ano letivo iniciou-se com várias formas de lutas dinamizadas por vários sindicatos/federações na área da Educação. No entanto, mesmo com as várias tentativas do S.TO.P., estas ações não foram coordenadas/unidas. Apesar da retórica de unidade, infelizmente apenas o S.TO.P. efetivamente tentou juntar forças com outras organizações sindicais. Mais uma vez, em finais de julho de 2021, apelámos à união entre sindicatos, federações e centrais sindicais em defesa de quem trabalha nas escolas. Em setembro manifestámos ao SIPE e à FENPROF a nossa solidariedade com as suas iniciativas de 4 de outubro e de 5 de outubro (sendo o único sindicato com esta postura). Pelo superior interesse da classe, o S.TO.P. continuará a pugnar pelo não sectarismo e a lutar pela unidade em defesa de quem trabalha nas escolas. Podem continuar a contar connosco: JUNTOS SOMOS + FORTES!