No início deste ano, António Costa começou a falar dos professores prometendo alterações profundas nos concursos, o aumento na estabilidade no acesso à carreira e a criação de incentivos à aposta na carreira docente. No entanto, porque não aproveitou a presença no governo nos últimos 6 anos? E porque, pelo contrário, votou contra nomeadamente incentivos de subsídios de transporte e/ou alojamento para os docentes deslocados?
António Costa esteve a liderar um governo, com 6 anos de estabilidade, que além de não ter alterado os ataques que os anteriores ministros da Educação fizeram (do PSD e PS) a quem trabalha nas escolas (fim da gestão democrática, avaliação profundamente injusta, quotas para a progressão na carreira, etc), ainda reforçou mais esses ataques. Quem esquece que foram nos últimos 6 anos que este governo (apenas alguns exemplos):
– roubou o tempo de serviço docente?;
– realizou, perante a maior e mais prolongada greve com impacto na Educação em Portugal, o maior ataque ao direito à greve e às férias docentes desde o 25 de abril de 1974 (na greve às avaliações em 2018)?;
– promoveu concursos docentes (em 2017 e 2021) prejudicando muitos colegas e as suas famílias?
– Avançou e pretende terminar a municipalização até finais de março de 2022?
Quem esqueceu os últimos 6 anos ou os anos anteriores dos outros governos (PSD e PS)? Ou quem esqueceu os que pretendem (de forma mais ou menos encapotada) acelerar ainda mais rapidamente o fim da Escola Pública gratuita para todos?
Independentemente de quem ganhar as próximas eleições, o S.TO.P. continuará a pugnar por um sindicalismo realmente independente e democrático que, doa a quem doer, só responde a quem trabalha nas escolas. A nossa prática nos últimos anos, apesar de todos os ataques que sofremos, é sinal de que é possível fazer diferente e assim continuaremos: JUNTOS SOMOS + FORTES!