Alertados por mais uma situação alarmante que envolve estruturas de amianto em espaços escolares, ontem, dia 15, uma representação da Direção do S.TO.P. deslocou-se a Vieira do Minho, para dialogar com a Associação de Pais e a Direção do Agrupamento a que pertence a Escola Básica e Secundária Vieira de Araújo, no sentido de se inteirarem das reais dimensões do problema.
Como tem sido público, são inúmeros os problemas que afetam esta sede de agrupamento: edifícios altamente degradados (sem intervenção desde a construção na década de 80), infiltrações, placas de amianto e falta de assistentes operacionais. Em suma, todas as intervenções urgentes previstas parecem nunca passar da fase de Projeto e vão sendo bloqueadas numa intrincada malha entre o Ministério de Educação e a autarquia, os quais já estabeleceram um protocolo para o licenciamento e financiamento da obra. No entanto têm-se revelado incapazes de resolver a situação da dotação orçamental inicial que se revelou, entretanto, insuficiente, pois não previa a verba necessária, por exemplo, para os custos da remoção segura de todas as estruturas de fibrocimento (amianto).
A associação de pais tem tentado todos os meios de sensibilização e exposição pública deste problema, desde o encerramento temporário do edifício escolar a cadeado (na quinta e sexta da semana passada), reuniões com o executivo camarário e pedidos de reuniões com o Ministério da Educação. Esta luta teve o seu início já há cerca de 6 anos, quando elementos desta associação de pais se deslocaram à Assembleia da República para oferecerem porta-chaves feitos do amianto recolhido na escola aos deputados! Trata-se de um problema de saúde pública que afeta toda a comunidade educativa, de alunos a professores, o qual requer uma solução urgente, a qual tarda em chegar.
Está já prevista uma reunião sindical com os colegas que lecionam na escola e continuaremos a tentar chegar ao maior número de escolas possível pois, infelizmente, a realidade deste Agrupamento está longe de ser ímpar no panorama nacional. O S.TO.P. continuará a manifestar a sua solidariedade e a apoiar/divulgar com todos os meios ao seu dispor esta luta por direitos básicos. Continuaremos a trabalhar junto de várias comunidades educativas a quem, tal como em Vieira do Minho, tem sido negadas as condições necessárias para todos desempenharem o seu trabalho com segurança e qualidade.