Os últimos governos (PS e PSD/CDS) têm degradado as condições de trabalho e desvalorizado significativamente os Profissionais da Educação. Isso é evidente nomeadamente pelo fim da gestão democrática nas escolas, a imposição de avaliações artificiais com quotas, aumento do trabalho burocrático, perda significativa do poder de compra ou a passagem involuntária de milhares desses profissionais da CGA para a SS (com gravíssimas consequências).
Todas essas (e outras) medidas gravosas apesar de não terem a concordância de quem trabalha nas escolas foram impostas nomeadamente porque os governos têm conseguido habilmente “dividir para reinar”. Essa divisão entre Profissionais de Educação é notória, apesar das muitas reivindicações comuns, quando nas últimas décadas temos tido por exemplo sindicatos tradicionais a marcar greve de professores num dia e a poucos dias de diferença (mas separadamente e sem qualquer tentativa de luta coordenada) da greve do pessoal não docente.
QUAIS OS RESULTADOS DESTAS FORMAS DE LUTA SEPARADAS?
Infelizmente essa estratégia de divisão juntamente com as formas de luta tradicionais (greve de 1 dia de 3 em 3 meses) têm levado essencialmente a derrotas para quem trabalha. Curiosamente (ou não) as maiores lutas vitoriosas dinamizadas pelo S.TO.P. foram precisamente as que uniram os Profissionais de Educação (pessoal docente e não docente) em greve de vários dias com resultados benéficos importantes para todos que trabalham nas escolas.
O S.TO.P. sempre defendeu ativamente e sem sectarismo a unidade entre todos os que trabalham nas escolas e fomos consequentes, não apenas nas lutas dinamizadas, mas também nas nossas últimas alterações estatutárias. Primeiro em dezembro de 2018 em que estatutariamente passámos a representar todos os que trabalham na área da Educação (pessoal docente e não docente) e agora, com a recente alteração de nome para “Sindicato de Todos os Profissionais da Educação” (mudança também visível no nosso novo símbolo – ver imagem da publicação). Essa alteração foi aprovada com a concordância de 96% dos votos expressos e já foi oficializada em Boletim de Trabalho e Emprego em janeiro de 2022 (página 209): http://bte.gep.msess.gov.pt/completos/2022/bte2_2022.pdf
A UNIÃO É O CAMINHO
Apesar das naturais diferenças entre Profissionais da Educação é inequívoco que a nossa divisão tem essencialmente permitido vitórias a quem nos ataca, com fortes retrocessos para todos nós nas últimas décadas.
Com a atual relação de forças no parlamento (maioria absoluta) tem ainda mais sentido a união entre todos os setores laborais, em particular, os que trabalham nas escolas. E, infelizmente, face aos intensos ataques sofridos, não faltam causas fundamentais em comum: avaliação justa e sem quotas, democracia nas escolas, fim da municipalização, valorização e dignificação de todos os P.E., regresso para todos que queiram para a CGA, contra o assédio laboral, etc.
Como sempre, se for essa a vontade de quem trabalha nas escolas, o S.TO.P. está disponível para dinamizar as lutas que forem decididas democraticamente. Para isso, independentemente de serem nossos associados, basta que nos solicitem reuniões sindicais na vossa escola (através do S.TO.P.SINDICATO@GMAIL.COM) para que decidam democraticamente os objetivos e as formas de luta. É desta forma unida, democrática e combativa, apesar dos intensos ataques de poderosos interesses instalados, que já ajudámos a conseguir vitórias importantes para TODOS que trabalham nas escolas e assim vamos continuar.
JUNTOS SOMOS + FORTES!