Com dezenas de milhar de alunos sem professor a uma ou mais disciplinas há mais de 2 meses, o ME diz que vai criar… uma task force. Mas quem acredita que isto se vai resolver com “task force” ou comissões?
MAIS AREIA PARA OS OLHOS
Os professores não se esquecem de como têm sido desconsiderados por este ME nomeadamente quando durante a maior/forte greve de sempre na educação em Portugal este mesmo ME acordou com a Plataforma Sindical (julho de 2018) criar uma comissão técnica para estudar o custo financeiro da recuperação do tempo de serviço congelado dos professores. ALGUÉM ALGUM DIA SOUBE DAS CONCLUSÕES/RESULTADOS DESSA COMISSÃO (a não ser a sua tentativa para desmobilizar uma greve histórica)?
Mantendo estruturalmente estas políticas (des)educativas esta nova comissão (Task force), além de tentar mais uma vez dar a ilusão que o ME está a tentar fazer algo, não poderá fazer mais do que:
1. Sobrecarregar ainda mais os professores em serviço (com horas extraordinárias) quando é manifestamente reconhecido que a classe docente está muito envelhecida, exausta e cheia de trabalho burocrático;
2. Diminuir ainda mais o grau de exigência para se poder dar mais aulas (desprestigiando a profissão docente);
3. Aumentar o número de alunos por turma para disfarçar a falta de professores.
Todas estas supostas “soluções” na prática não resolverão o problema de fundo e prejudicarão ainda mais a qualidade de ensino/aprendizagens dos nossos alunos.
INVENTAR A PÓLVORA?
O ME sabe que não é preciso nenhuma task force ou comissão para resolver este problema. O S.TO.P. só este ano (sem contar com outros avisos) já alertou por diversas vezes o ME que a falta de professores só se irá resolver com maior (e a sério) valorização da profissão docente (para os contratados e do quadro).
Apenas alguns exemplos de reuniões com o ME onde alertámos para esse grave problema apresentando soluções concretas:
a 7 de janeiro: https://sindicatostop.pt/3213-2/
a 16 de abril: https://sindicatostop.pt/reuniao-com-o-me-16-abril/
Também já durante este ano letivo chegámos nomeadamente a alertar o Presidente da República, que continua com um silêncio ensurdecedor perante esta flagrante violação do direito constitucional de acesso à Educação que está a prejudicar milhares de alunos.
IREMOS CONTINUAR A DEFENDER A VALORIZAÇÃO DOCENTE essa é única forma de resolver a falta de professores defendendo também os nossos alunos, sem comprometer a qualidade da Escola Pública.
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